A Linguagem do Leque
Aproxime-se |
Andar com o leque conduzindo-o aberto na mão esquerda. |
Cuidado, nos observam |
Cobrir o rosto com o leque |
Cuidado, posso te ver |
Fechar o leque tocando os olhos |
Cuidado, sou comprometida |
Abrir e fechar rapidamente |
Desculpe |
Manter o leque aberto logo abaixo dos olhos |
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OS ACESSÓRIOS
Os penteados em 1750.
Perucas e chapéus masculinos do século XVIII
Perucas longas
Homens da França e da maioria da Europa usavam perucas longas e encaracoladas abaixo do ombro, que eram a última moda nos tempos de Luis XIV. Elas eram de cores naturais
, feitas de pelo de boi ou crina de cavalo, mas também podiam ser de cabelo humano, que custava mais caro do que todo o figurino. Os homens também pagavam
cabeleireiros para escovarem e encaracolarem as perucas em muitas ocasiões.
Perucas masculinas eram comuns no século XVIII
Perucas curtas
Por volta de 1720, perucas de cores claras estavam na moda, e as pessoas conseguiam esta tonalidade ao passar algum tipo de pó sobre a peruca escura. Devido ao custo do cabelo e do pó, as mais baratas e mais curtas começaram a ser usadas por muitos homens. Elas, muitas vezes, chegavam até os ombros e em seguida eram presas em um rabo-de-cavalo com um laço. Outro estilo de peruca curta era com os fios um pouco abaixo das orelhas, com dois ou três cachos nos lados da cabeça. Eram bastante usadas por homens da fase colonial dos EUA.
Chapéus de aba
Muitos tipos de chapéus de aba estavam na moda para homens de todas as classes sociais na primeira metade do século XVIII. Europeus e colonos usavam chapéus curtos e redondos em cima, com abas redondas. Eles também usavam os mais refinados chapéus de peregrino, preto, alto, com uma aba redonda e geralmente com uma fivela prateada na frente. Homens endinheirados usavam chapéus de lã, feitos sob medida para suas cabeças. Opções mais econômicas, feitas de feltro, também podiam ser encontradas no mercado.
Chapéus de três pontas
Com o passar do século XVII, muitas perucas tinham cachos laterais que atrapalhavam, e os chapéus não eram mais confortáveis para as cabeças dos homens. Para que eles ficassem confortáveis com os novos estilos de perucas, a adaptação fez-se necessária. O chapéu de três pontas foi a resposta para muitos. Ele tinha abas que encaixavam e combinavam bem com o uso de perucas, e foram bastante usados na Europa e colônias das Américas. Outro desenho de chapéu tinha apenas duas abas mas eram mais curtos, como os usados por George Washington em 1776, quando ele cruzou o rio Delaware.
Os sapatos:
Os sapatos femininos passaram a receber especial atenção no reinado de Luís XV, apresentando-se em todas as cores em couro, ornamentado em prata e em ouro, com saltos altos e finos, e a parte de maior destaque: a fivela, uma verdadeira joia trabalhada.
Outros acessórios
Leque oriental, feito em madeira
Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.
As principais civilizações desde a Antiguidade fizeram uso dele, como o Egito, Assíria, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma, tendo ele sido utilizado como símbolo de poder em sua essência. As ventarolas foram as primeiras a chegarem na Europa durante os séculos XII e XIII provenientes do Oriente através das Cruzadas. Porém foi apenas no século XVI, quando os portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que iniciou-se de fato a moda de seu uso na Europa. Sendo assim nos séculos XVII, XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões.
Fabricados de diferente materiais e técnicas como o marfim, a madrepérola, o charão, a tartaruga, as madeiras perfumadas, as plumas, os tecidos e os papéis pintados em litografia aquarelada ou tempera. Com cenas de gênero galantes, mitológicas, campestres ou orientais, muitas vezes retratando momentos históricos. Dentre tantas variações temos os comemorativos, de penas, plumas, com rendas, com tecido, tipo “baralho”, “mandarim”, com papel e as ventarolas.
A influência espanhola sobre a vestimenta continua mas ocorreram certas modificações, como o abandono do gibão acolchoado e o alargamento das mangas, em alguns países o rufo diminui, mas na Holanda a tendência ficou mais forte. A moda masculina da época é associada ao estilo "três mosqueteiros", calções, gibão, capa curta pendendo no ombro, chapéu de aba larga adornado com uma pluma e as botas com a extremidade superior virada, às vezes até enfeitada com renda. Os sapatos quando usados eram enfeitados com fitas, laços e rendas. As roupas femininas, ainda eram elaboradas, mas pareciam mais naturais, o rufo foi sendo substituído pela gola caída. O traje feminino consistia em um corpete, anágua e beca. O corpete era decotado e amarrado com uma fita de seda na frente, esta parte da frente era coberta por uma "piece" ou "plastom". As mangas eram exageradas e bufantes. A saia era formada por duas peças, uma drapedada (em cima) que revelava a de baixo. As golas caídas foram se tornando sofisticadas com apliques e borlas em renda. As mulheres usavam na primeira metade do século, os cabelos rente no alto da cabeça e cachos do lados. Para sair usavam pequenos capuzes pretos ou xales de renda sob a cabeça. Esta era a moda francesa, usada também na Inglaterra.
Na Holanda as roupas eram mais conservadoras, o predomínio era do preto e o rufo foi mantido, tornando-se maior com o passar do tempo. Mas a supremacia da moda no século XVII foi mesmo francesa e nunca a moda tinha sido tão extravagante, apesar de certa continuidade o ciclo da moda perpetuava-se nos pequenos detalhes, calções mais largos e bufantes, cores diferentes, fitas, capas etc...
Uma mania surgida em 1655 permaneceu por mais de meio século, era o costume de colar pintas no rosto, e estas não eram apenas redondas, podiam ter diversos formatos como estrelas e luas. Estas pintas eram feitas de em-plastos de seda preta.
Em 1670 as golas de renda saíram de moda e usava-se um lenço para cobrir os ombros descoberto, isto na moda feminina que permaneceu "estática", enquanto isso o traje masculino passou por uma revolução quando o rei Carlos II, da França e sua corte adotaram um novo estilo: casaco justo, indo até a barriga da perna, sobre uma túnica aberta no peito, calções de corte espanhol e botas da cor da roupa. Falava-se na época de uma maneira "oriental" à "moda persa". Sobre a túnica usava-se um sobretudo para sair ao ar-livre. A evolução deste traje foi: o sobretudo chegando até os joelhos e abotoado, quase escondendo os calções, o casaco simples por baixo, os bordados em uma peça interna e a gola caída desaparecendo, em lugar da gola usava-se um lenço em musseline ou renda, este lenço ficou conhecido como "plastom". Os cabelos masculinos eram compridos, alguns homens e mulheres usavam apliques mas o efeito desejado era o natural. Após 1660 a peruca tornou-se um acessório indispensável e era de aparência declaradamente artificial. Algumas perucas eram imensas e pesadas. Por volta de 1690 estas perucas passaram à ser empoadas, hábito adotado por todos. Curiosamente nesta época as mulheres não usavam perucas mas buscavam a mesma imponência em seus penteados "altos", abandonados na virada do século. O chapéu masculino no final do século passava por modificações frequentes, mudando de proporções, finalmente surge o modelo "tricórnio" que durou um século, o seguinte.
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